CLÍNICA E CIRURGIA DO PÉ E TORNOZELO

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Artroscopia nos pés e tornozelos é cada vez mais utilizada para evitar procedimentos invasivos

O maior congresso de ortopedia e traumatologia do mundo – American Academy of Orthopaedic Surgeons (AAOS) – foi realizado em março, em New Orleans, nos Estados Unidos. Segundo o ortopedista Wagner Vieira da Fonseca, chefe do Departamento de Cirurgia do Pé e Tornozelo do Hospital das Clinicas da UFMG, o congresso foi uma oportunidade de fazer um intercâmbio de conhecimentos, “uma vez que a ortopedia brasileira está alinhada com todos os grandes serviços mundiais”, diz o especialista.

Wagner Vieira destaca, entre outras novidades, a utilização, cada vez maior, da artroscopia nos pés e tornozelos. “É um procedimento no qual se utilizam microcâmeras para visualizar a articulação sem ter que abri-la. Essa técnica é largamente utilizada nos joelhos e nos ombros e agora está se transformando em rotina nos tornozelos e nos pés.” O especialista ressalta que as cirurgias realizadas hoje por artroscopia até há uns dois anos eram invasivas (com incisões). “Atualmente, a artroscopia é feita nos casos de reconstrução de ligamentos do tornozelo em pessoas que torcem frequentemente essa articulação; artrodese do tornozelo (fusão articular – cirurgia que precisava fazer grandes acessos, ocasionando muitos problemas de cicatrização); remoção de corpos livres (fragmentos soltos de osso ou cartilagem no tornozelo); artrodese subtalar (fusão articular de outras articulações no pé e não somente no tornozelo); sinovectomia (especialmente nos pacientes reumáticos – ressecção de membrana com inflamação crônica intra- articular, que leva à deterioração da superfície articular); halux rigidus e artrodese do hálux (desgaste articular do dedão do pé).

A redução de fraturas dos tornozelos e pés foi apontada pelo ortopedista como um dos maiores avanços abordados durante o congresso. “Muitas fraturas dos tornozelos e dos pés comprometem a superfície articular e, geralmente, mesmo abrindo, não se consegue ter uma visualização adequada da superfície articular, especialmente na região anatômica mais posterior. Com o uso das microcâmeras da artroscopia, introduzidas por cânulas de 2mm a 4,5mm de espessura, pode-se ter uma visão ampla de toda a superfície articular e não se deixar nenhum milímetro de desvio. Isso vai definir o futuro da superfície articular e se haverá ou não uma sequela numa fratura de tornozelo ou do tálus (osso que articula com a tíbia). Neste último ano tem-se utilizado cada vez mais essa técnica e o resultado, em termos de ganho de mobilidade articular, cicatrização e controle da precisão da redução tem sido muito maior.”

http://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2014/04/10/noticias-saude,192616/artroscopia-nos-pes-e-tornozelos-e-cada-vez-mais-utilizada-para-evitar.shtml

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Pacientes com artrose ou deformidades grosseiras do Halux, como é chamado o dedão do pé, podem se beneficiar de uma técnica inédita desenvolvida pelo ortopedista Wagner Vieira da Fonseca junto com a equipe do Departamento de Cirurgia do Pé e Tornozelo do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o qual coordena. A artrodese interfalangeana por artroscopia é uma cirurgia para a fusão, por meio de parafusos, das duas falanges do Halux. É indicada para pacientes que tiveram um desgaste da cartilagem e, por isso, sofrem com dores.

A técnica foi apresentada no último Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo, realizado na capital mineira no primeiro semestre. Segundo Wagner, antes do desenvolvimento da nova técnica, a única opção era tratar com a artrodese interfalangeana tradicional, uma cirurgia aberta. Mas, o procedimento por artroscopia traz uma série de benefícios para o paciente. Como é possível evitar cortes maiores para o acesso cirúrgico, diminuem-se os riscos de problemas de pele, necrose, infecção e trombose entre outros. Além de menos agressiva, a recuperação é mais rápida, já que agride menos os vasos sanguíneos da região do dedo.

A nova técnica também dispensa o uso de próteses articulares, sendo opção para casos antes sem solução. Para Wagner, os custos também são bem mais atraentes do que recorrer a próteses. “Basicamente, paga-se pela cirurgia e pelas lâminas de ressecção da cartilagem, que custam em torno de R$ 1 mil. Mas os convênios cobrem esses custos”, garante o especialista em cirurgia do pé e tornozelo. O procedimento, contudo, não é coberto pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas tem sido adotado no Hospital das Clínicas, beneficiando pacientes que não teriam condições de pagar. O procedimento dura apenas uma hora.

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