A longo prazo evolui também com dor na metatarsofalangeana, com instabilidade da articulação (começa a se deslocar dorsalmente) e inicia-se a formação de calosidades dolorosas na planta do pé, sob a cabeça do metatarso, o que é conhecido pelos ortopedistas por calosidades plantares intratáveis. São intratáveis porque não melhoram com tratamento medicamentoso e necessitam uso de palmilhas ou mesmo tratamento cirúrgico.
São classificadas, as deformidades, em rígidas e flexíveis. As deformidades rígidas são redutíveis quanto se levanta as cabeças dos metatarsos e se consegue que o dedo se mantenha em extensão (esticado) e quando não se extende (estica) são classificados como rígidas e são as que têm maior chance de evoluir para cirurgia (que corrige muito bem esta deformidade).

Dedos em taco de golfe caracterizam-se pela hiperflexão da articulação interfalangeana distal, com surgimento de calosidades dolorosas ao atrito dos calçados no dorso desta articulação. Pode levar a dores também na unha pelo apoio de forma irregular. Pode-se usar protetores dorsais em materiais macios, como gel, microespuma e suportes sob a articulação interfalangeana distal para se evitar o atrito em excesso na extremidade do dedo.
Sapatos de bicos largos e mais altos são ideais para as pessoas que apresentam estas deformidades nos dedos.
As causas destas deformidades são variadas. Podem ser secundárias a desequilíbrio muscular, com atrofia muscular de pequenos músculos que estabilizam estas articulações, que são chamados de intrínsecos, e que podem acompanhar determinadas doenças, como doença de Charcot, doenças neuromusculares, neuropatias periférias, como diabetes, alcoolismo ou serem secundárias a deformidades do antepé (porção dos dedos e metatarsos), como hálux valgus (joanete) e que levam secundariamente às deformidades dos dedos menores.