CLÍNICA E CIRURGIA DO PÉ E TORNOZELO

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METATARSALGIA

METATARSALGIA

É uma denominação das dores que afetam a porção inferior e anterior do pé (bola do pé), logo atrás dos dedos, sob as cabeças dos metatarsos. Acomete principalmente as regiões dos II, III e IV metatarsos, podendo também acompanhar o I, que pode também ter uma dor localizada isoladamente. Acompanha-se freqüentemente de espessamento da pele plantar (hiperqueratose), o que leva as pessoas freqüentemente às calistas, retornando em pouco tempo as mesmas calosidades.

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Uma das causas principais é o uso de calçados de saltos altos, portanto, a predominância é maior nas mulheres. Há vários outros fatores, como o próprio formato do pé, com o I metatarso sendo menor que os II e III, pés cavos (arco do pé muito alto), encurtamento do tendão de Aquiles, levando a forçar mais a porção anterior do pé na marcha, atividades físicas com traumatismos excessivos nesta região, além da tendência de atrofia do amortecedor do pé (coxim plantar) que ocorre com a idade e também em doenças como os reumatismos e diabetes.

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O tratamento deve se direcionar baseando-se na causa da dor. Se a causa básica é o uso de calçados inadequados, com saltos altos, com bicos finos, estes devem ser mudados, apesar da vontade das mulheres e da moda insistir no uso de calçados que as fazem sofrer tanto. Existem também uma série de produtos que podem ser adaptados nos calçados, como palmilhas, botões retrocapitais, amortecedores para os metatarsos, além de tênis com amortecedores para estas regiões.

Cuidados especiais nesta região devem ser direcionados aos diabéticos, sendo esta uma das áreas mais comuns de abertura de úlcera, especialmente pela perda da sensibilidade local e pela pressão plantar localizada sob algum osso metatarso. Durante a marcha normal, descarregamos uma média de 3000-5000 g/cm2 de pressão plantar sob estes metatarsos, sendo que na corrida estes valores podem duplicar. Pacientes diabéticos têm uma tendência ao aumento destes valores de pressão (8000-10000 g/cm2) e com valores próximos a 10000 g/cm2, a abertura de úlcera é de quase 100% de chance de ocorrer. Com a atrofia natural do coxim pela idade, associando-se a perda da sensibilidade e a hiperpressão localizada, a abertura de úlcera é muito perigosa, especialmente nos que gostam de fazer caminhadas prolongadas, corridas. Usar-se bons amortecedores, tanto nesta região quando no calcanhar neste grupo, é a garantia de se evitar problemas graves que podem levar até à perda do pé por falta de cuidados profiláticos. Para as caminhadas e corridas, recomendamos o uso de tênis sempre com amortecedores sob a parte anterior dos pés com palmilhas adequadas.  Evitar calçados com solados finos, hiperflexíveis, darão um conforto muito bom das dores.